Promessas...
promessas... promessas... como queremos que elas se concretizem em nossas
vidas. A frustração advinda do não cumprimento de uma promessa é algo doloroso
de suportar, porque mexe com nossa confiança no outro, destrói esperanças e
rompe amizades.
Muitos
professores esperam o cumprimento de promessas humanas em relação às suas
carreiras. Não é para estes que escreverei. Escreverei para aqueles que têm em
Cristo a convicção do seu chamado. Escrevo para aqueles que amam com todas as
suas forças e com todo entendimento a tarefa de educar, que se propuseram a cumprir
por obediência ao Mestre dos mestres. Para estes professores existem muitas e
grandiosas promessas, feitas por um Deus que não mente, não trai e não frustra
nossas expectativas, mas que é fiel para cumprir o que prometeu.
·
Eclesiastes
11.1,4,6 - “Lança o teu pão sobre as
águas, porque depois de muitos dias o acharás. Quem somente observa o
vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Semeia pela
manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual
prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.
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Salmo
126.5,6 – Os
que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e
chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”.
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Daniel
12.3 – “Os que forem
sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a
muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.”
Quem
ensina tem em seu ofício uma semelhança com o Criador, que trouxe à existência
o que antes não era; e o fez com planejamento, com um propósito especial e
individual para tudo, em um ato criativo intencional. O professor, como em uma
paráfrase, também traz à existência seres humanos que antes não existiam, e o
faz com planejamento (ah, os planejamentos!) com objetivos, com intenção no ato
educativo do ser humano que se coloca diariamente em sua classe, tendo
necessidades, qualidades e defeitos que o caracterizam como único em todo o
universo.
Diante
de alunos muitas vezes imaturos, indisciplinados, inquietos, irresponsáveis, o
professor convicto de seu chamado, persevera a lançar a preciosa semente da
educação, trabalhando incansável, árdua e amorosamente, marcando
definitivamente a vida de seus alunos, que jamais serão os mesmos. Novas
criaturas surgirão, pessoas que não conhecíamos se colocaram diante de nós,
diante de suas famílias, diante da sociedade com posturas transformadas, com
ideias inovadoras, com atitudes inéditas, surpreendendo a todos. E o mestre
destes alunos transformados, onde estará?
O
mestre estará lá também, resplandecendo sempre e eternamente, através da
influência que exerceu enquanto talhava o caráter, pacientemente (nem
sempre...), dia após dia, em um ato de fé, crendo que o resultado viria.
Ensinar
é sim, tal qual o ato de semear, um ato de visão de fé. Visão
seria algo que ainda não é realidade, mas que pode vir a ser mediante uma ação
intencional (ou um conjunto de ações coerentes) de quem vê, de quem acredita. A
visão traz em si a força da fé, que chama à existência as coisas que ainda não
são como se já existissem. Visão é mais que simples desejo, esperança ou ideia;
é comprometimento.
O professor convicto de seu chamado é comprometido com seus alunos, com
as famílias dos alunos, com a instituição a que serve, mas acima de tudo isto é
alguém comprometido com Cristo. Este comprometimento o leva a semear sem olhar
para as condições, muitas vezes adversas. A visão de fé requer confiança total,
plena e irrestrita em Deus e Sua soberania, colocando-se sempre à disposição
para que Ele realize nos alunos o que planejou para eles. Esse professor
submete a semeadura ao Criador diariamente para que os planos perfeitos se
estabeleçam, para que as sementes certas prosperem, cresçam e frutifiquem.
Que grande privilégio o nosso! Enfeitar o mundo de Deus com belas
criaturas, esculpidas à imagem de Cristo por nosso intermédio, através do
maravilhoso trabalho de educar. Este poder colocado em nossas mãos já bastaria,
mas Deus foi além. Para aqueles que forem bons mordomos de seus talentos como
educadores, que trabalharem sempre dependentes do Espírito para semear na vida
dos alunos, há promessas, promessas maravilhosas! Ceifaremos com júbilo,
resplandeceremos como as estrelas, sempre e eternamente, dentre outras
promessas que certamente serão cumpridas.
Vale à pena perseverar e se aperfeiçoar. Somos ferramentas para o
trabalho educativo de Deus na vida dos pequeninos que Ele colocou sob nossa
autoridade. Temos nas mãos este precioso talento e este chamado sobremodo
importante, digno, nobre. Podemos formar seres humanos melhores na exata
proporção em que nos colocamos à disposição do Espírito Santo para guiar muitos
à justiça. Sejamos, portanto, ferramentas melhores, mais afiadas pelo
conhecimento adquirido constantemente, pela capacitação técnica; ferramentas bem
lubrificadas pelo óleo do Espírito em nossos corações através de uma comunhão
íntima.
Ferramentas ruins são abandonadas e acabam enferrujando. Boas
ferramentas são usadas com mais frequência. Lembre-se disso, professor semeador!
E que o Senhor Deus lhe abençoe neste e em todos os 200 dias letivos de cada
ano.
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