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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Promessas para Professores Semeadores





Promessas... promessas... promessas... como queremos que elas se concretizem em nossas vidas. A frustração advinda do não cumprimento de uma promessa é algo doloroso de suportar, porque mexe com nossa confiança no outro, destrói esperanças e rompe amizades.

Muitos professores esperam o cumprimento de promessas humanas em relação às suas carreiras. Não é para estes que escreverei. Escreverei para aqueles que têm em Cristo a convicção do seu chamado. Escrevo para aqueles que amam com todas as suas forças e com todo entendimento a tarefa de educar, que se propuseram a cumprir por obediência ao Mestre dos mestres. Para estes professores existem muitas e grandiosas promessas, feitas por um Deus que não mente, não trai e não frustra nossas expectativas, mas que é fiel para cumprir o que prometeu.  

·         Eclesiastes 11.1,4,6  -   “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.

·         Salmo 126.5,6 – Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”.

·         Daniel 12.3 – “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.”

Quem ensina tem em seu ofício uma semelhança com o Criador, que trouxe à existência o que antes não era; e o fez com planejamento, com um propósito especial e individual para tudo, em um ato criativo intencional. O professor, como em uma paráfrase, também traz à existência seres humanos que antes não existiam, e o faz com planejamento (ah, os planejamentos!) com objetivos, com intenção no ato educativo do ser humano que se coloca diariamente em sua classe, tendo necessidades, qualidades e defeitos que o caracterizam como único em todo o universo.

Diante de alunos muitas vezes imaturos, indisciplinados, inquietos, irresponsáveis, o professor convicto de seu chamado, persevera a lançar a preciosa semente da educação, trabalhando incansável, árdua e amorosamente, marcando definitivamente a vida de seus alunos, que jamais serão os mesmos. Novas criaturas surgirão, pessoas que não conhecíamos se colocaram diante de nós, diante de suas famílias, diante da sociedade com posturas transformadas, com ideias inovadoras, com atitudes inéditas, surpreendendo a todos. E o mestre destes alunos transformados, onde estará?

O mestre estará lá também, resplandecendo sempre e eternamente, através da influência que exerceu enquanto talhava o caráter, pacientemente (nem sempre...), dia após dia, em um ato de fé, crendo que o resultado viria.

Ensinar é sim, tal qual o ato de semear, um ato de visão de fé. Visão seria algo que ainda não é realidade, mas que pode vir a ser mediante uma ação intencional (ou um conjunto de ações coerentes) de quem vê, de quem acredita. A visão traz em si a força da fé, que chama à existência as coisas que ainda não são como se já existissem. Visão é mais que simples desejo, esperança ou ideia; é comprometimento.

O professor convicto de seu chamado é comprometido com seus alunos, com as famílias dos alunos, com a instituição a que serve, mas acima de tudo isto é alguém comprometido com Cristo. Este comprometimento o leva a semear sem olhar para as condições, muitas vezes adversas. A visão de fé requer confiança total, plena e irrestrita em Deus e Sua soberania, colocando-se sempre à disposição para que Ele realize nos alunos o que planejou para eles. Esse professor submete a semeadura ao Criador diariamente para que os planos perfeitos se estabeleçam, para que as sementes certas prosperem, cresçam e frutifiquem.

Que grande privilégio o nosso! Enfeitar o mundo de Deus com belas criaturas, esculpidas à imagem de Cristo por nosso intermédio, através do maravilhoso trabalho de educar. Este poder colocado em nossas mãos já bastaria, mas Deus foi além. Para aqueles que forem bons mordomos de seus talentos como educadores, que trabalharem sempre dependentes do Espírito para semear na vida dos alunos, há promessas, promessas maravilhosas! Ceifaremos com júbilo, resplandeceremos como as estrelas, sempre e eternamente, dentre outras promessas que certamente serão cumpridas.

Vale à pena perseverar e se aperfeiçoar. Somos ferramentas para o trabalho educativo de Deus na vida dos pequeninos que Ele colocou sob nossa autoridade. Temos nas mãos este precioso talento e este chamado sobremodo importante, digno, nobre. Podemos formar seres humanos melhores na exata proporção em que nos colocamos à disposição do Espírito Santo para guiar muitos à justiça. Sejamos, portanto, ferramentas melhores, mais afiadas pelo conhecimento adquirido constantemente, pela capacitação técnica; ferramentas bem lubrificadas pelo óleo do Espírito em nossos corações através de uma comunhão íntima.

Ferramentas ruins são abandonadas e acabam enferrujando. Boas ferramentas são usadas com mais frequência. Lembre-se disso, professor semeador! E que o Senhor Deus lhe abençoe neste e em todos os 200 dias letivos de cada ano. 

Alcione Souza

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